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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Baiano, fenômeno mundial do Karatê faz palestra em Salvador


O baiano Francisco Alves Filho, natural do município de Souto Soares, na Chapada Diamantina, único brasileiro campeão mundial de Karatê Kyokushin, vem a Salvador proferir palestra, no próximo dia 18.

Por: MBrusell

Se Francisco Filho fosse jogador de futebol, com certeza, seria chamado de Fenômeno, Fabuloso ou Imperador. Mas como as suas glorias foram conquistadas no Karatê, o Shihan baiano é tratado como ídolo em muitos países por onde profere suas palestras, mas é um ilustre desconhecido em sua terra Natal.

Dentre as diversas conquistas do karateca, destaque para três títulos mundiais, um do mundialito, três Sulamericanos, quatro brasileiros, quatro paulistas e até um Uruguaio. Sem dúvida a sua maior conquista é o título de Shihan, que significa professor ou modelo e é, normalmente, utilizado nas artes marciais por quem tem uma graduação muito alta, que leva décadas para ser atingida.

No Karatê Kyokushin, um atleta só pode utilizar este título quando os outros shihans começam a chamá-lo assim. Atualmente, no 5º Dan, Francisco não participa mais de competições, mas as suas glórias do passado lhe credenciam um tratamento de ídolo das artes marciais em muitos países do Oriente e da Europa.

Quem é o único Shihan brasileiro

Francisco Alves Filho, ou Chiquinho, como ficou conhecido, nasceu no dia 10 de janeiro de 1971, em Souto Soares, Bahia. Começou a treinar Kyokushin aos 11 anos, já morando em São Paulo, incentivado pelo irmão mais velho. No início, confessa que seu objetivo era treinar dois anos e depois mudar para outras modalidades, porque queria conhecer um pouco de cada coisa.

Com o treinamento, percebeu que o Kyokushin tinha filosofia, respeito, força, técnica, velocidade e disciplina e decidiu aprender tudo no Karatê mesmo. Em sua estréia nas competições, aos 12 anos, Filho perdeu na primeira luta, para um faixa azul. Aos 18 anos, Filho conquistou seu primeiro título internacional no Campeonato Sul-Americano.
Em 1991, ao derrotar o favorito Andy Hug no V Campeonato Mundial, em Tóquio, de forma fulminante no primeiro assalto, Filho foi eleito o atleta-revelação. Depois disso, em 94, passou pelo exame para 3º Dan, vencendo 30 lutas seguidas, o que impressionou muito na época. No ano seguinte, durante o VI Mundial, ficou em 3º lugar, chegando até a pensar em desistir do título mundial.

A perseverança deu resultado. Em 1999, Filho deixou sua marca na história do Kyokushin como o único estrangeiro a vencer o Campeonato Mundial. Após o título, o baiano encarou o desafio das Cem Lutas, o teste máximo do Kyokushin. Quem se dispõe a fazer este teste, precisa estar muito bem física e espiritualmente. O Karateca baiano foi o único brasileiro a efetuar com êxito o teste das 100 lutas no Japão e o único no mundo a não precisar ser hospitalizado após o feito.

Além disto, bateu o recorde de duração. As cem lutas foram realizadas em 3 horas e 2 minutos, e de número de vitórias, foram 76 vitórias e 24 empates. A este feito seguiram vários outros. Antes de se aposentar, Filho venceu os quatro maiores campeões do K-1. Além de Andy Hug, o brasileiro derrotou Peter Aerts, Ernest Hoost e Remy Bonjasky. A rapidez com que nocauteou seus adversários tornou-o mundialmente conhecido pela marca “ichigueki”, que siguinifica um único golpe.

Hoje, como o primeiro Shihan brasileiro, Filho se dedica à formação de novos campeões. Em maio de 2006, inaugurou sua própria academia na cidade de Bragança Paulista (SP). Shihan Filho também é o atual presidente da Confederação Brasileira de Kyokushin.

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